Dotado pelo Espírito Santo de um carisma inigualável, de uma autoridade espiritual identificada até mesmo pelos seus opositores, com intrepidez e graça, reunia e falava às multidões sob um poder divino extraordinário para realizar milagres e prodígios; o Missionário tornou-se logo um ícone, uma referência, o que o fez amado e seguido, igualmente perseguido de todas as formas e odiado. A partir de janeiro de 1956, auxiliado pelo Pastor Alfredo Rachid Góes, ele dirigiu o programa veiculado pela rádio Piratininga de São Paulo, que viria a se denominar A Voz do Brasil Para Cristo. Logo depois, o programa passaria à rádio Tupi de São Paulo, sempre com grandes índices de audiência. No dia 03 de março de 1956, realizou-se num salão alugado, no bairro de Pirituba, em São Paulo, o 1º culto da denominação, então chamada Movimento do Caminho - Igreja de Jesus Betel. Ainda no primeiro semestre daquele ano, seria levantada uma tenda em Vila Carrão, São Paulo, com o Pastor Arthur de Mello, seu irmão - seguindo-se a esta, muitas outras.
A ira dos opositores, contudo, resultava em que fossem criminosamente incendiadas essas tendas até que a Obra instalou sua sede no bairro do Belém, em São Paulo, em um Tabernáculo de madeira, que viria a ser no futuro também demolido, destruído, por ordem do então prefeito de São Paulo, Ademar de Barros, pressionado pela cúpula católica da capital. A notícia do que Deus estava realizando em São Paulo espalhou-se rápido pelo país e logo Deus foi unindo líderes com a mesma visão, com a mesma paixão pelas almas e amor por Jesus e pela Palavra ao jovem missionário de Deus. Esses homens, líderes em seus estados, de denominações independentes, uniram-se à igreja em São Paulo, formando uma nova denominação: a Igreja Evangélica Pentecostal, que tinha como slogan, como lema: O Brasil Para Cristo. Em 24 de agosto de 1974, esse slogan para evangelização foi incorporado ao nome, que finalmente ficou como é até hoje "Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil Para Cristo". No Estado do Rio Grande do Sul, a igreja nasceria da fusão do movimento iniciado pelo missionário em São Paulo com a Igreja Evangélica Pentecostal Brasileira, fundada em março de 1953 pelo Reverendo Olavo Nunes, outro grande expoente da nossa história.
São também memoráveis as “Marchas por Jesus” realizadas pela UNAME - União Nacional da Mocidade Evangélica, coordenadas pelo Pastor Orlando Silva e apoiadas pelo Missionário Manoel de Mello, na década de 60, período mais agudo do regime militar, reunindo imensas multidões. Na capital paulista foram realizados cultos no Teatro de Alumínio, no estádio de futebol do Pacaembu, no Cine Piratininga, no Cine Universo, e nas praças públicas, como Praça da Sé, e também no Vale do Anhagabaú, permitindo que as massas humanas ouvissem a mensagem salvadora. Na Paraíba, Deus levantou o então jovem pregador Reverendo Orlando Silva, enviado pelo Missionário Manoel de Mello, como um instrumento responsável por uma grande onda de avivamento naquela região. No Rio de Janeiro, os pastores Gildo de Araújo e Luis Palhares lideraram com dezenas de pastores o grande movimento que sacudiu o estado. No Paraná, o Pastor Jair Ditrisch e outros servos de Deus impactaram o estado. Em São Paulo, capital e interior, dezenas e dezenas se ergueram cujos nomes e a história que escreveram necessitariam de capítulos inteiros apenas dedicados a isso, e assim foi também em todo o país. O Brasil estava em chamas! Nada se fez, porém, sem que existissem barreiras a serem superadas e sem que houvessem perseguições a padecer. Isto se não bastasse a atitude discriminatória de outras denominações, do clero romano e das autoridades civis contra o próprio missionário: foi assim que esteve preso 27 vezes acusado principalmente de curandeirismo e charlatanismo, sem que em nada fosse condenado! A Obra expandia-se rapidamente e o avivamento propagava-se, levando-a a realização de marchas e concentrações por todos os lugares, inspirando muitos outros líderes a seguir este exemplo. A estratégia era levar a igreja para fora dos templos e mantê-la lá o maior tempo possível, pois era onde estavam as almas carentes do evangelho.
Elegemos nossos representantes políticos para a Câmara Federal e para as Assembléias Legislativas os Reverendos Levi Tavares e Geraldino dos Santos. Dominamos a mídia radiofônica e fomos pioneiros na televisão. Nosso testemunho alcançou o mundo inteiro e grandes personalidades, inclusive da política internacional ouviram as boas novas de salvação.
O Missionário pregou em dezenas de países e em vários deles se abriu a Obra, sempre se levando em consideração o nome do país na denominação da igreja - Argentina Para Cristo, Paraguai Para Cristo, etc. Os meios de comunicação internacionais noticiavam o grande avivamento do Brasil: as redes televisivas inglesa, americana, sueca e alemã; os jornais “The New York Times” e “Le Monde” e a mídia brasileira em geral. A revista “Veja” estampou em sua capa no dia 7 de outubro de 1981, pela primeira vez um ministro evangélico: Missionário Manoel de Mello! A partir daí, de 1982 a 1990, fatos significativos se sucederam na história da Obra. Em 1981, após regressar de uma viagem a Israel, o Missionário Manoel de Mello realizou uma série de concentrações no Grande Templo, em São Paulo. Em 40 dias consecutivos, dezenas de milhares de pessoas foram abençoadas e os milagres aconteceram em profusão extraordinária. No dia 12 de outubro de 1982, a igreja superlotou o estádio do Pacaembu, mesmo debaixo de chuva torrencial, para o culto do protesto contra a idolatria nacional.
Em 03 de maio de 1990, dois anos após ter retornado suas atividades como evangelizador incansável e determinado, pregando em grandes cruzadas em todo o Brasil, o Missionário Manoel de Mello foi acometido de um mal súbito quando a caminho dos estúdios de uma emissora de TV em São Paulo, para gravar o programa que estaria em cadeia nacional em poucos dias, vindo a falecer dois dias depois, em 5 de maio de 1990. Sucederam, alternadamente, ao Missionário Manoel de Mello na presidência do Conselho, que dirige a denominação o Reverendo Olavo Nunes (de 1976 a 1981); o Reverendo Ivan Nunes (de 1981 a 1989); o Reverendo Orlando Silva (de 1989 a 1999); o Reverendo Roberto Alves de Lucena; (de 1999 a 2005); o Reverendo Orlando Silva (de 2005 a 2008) e Revrendo Ivan Nunes que segue presidindo. A igreja está organizada em convenções estaduais e regionais, em número de 20. Envia missionários ao exterior e os mantém através da Missão Desafio. Conta um Sítio em Araçariguama, interior de São Paulo, conta com escolas, salas de alfabetização, institutos bíblicos, um departamento de edições, clínicas médicas, trabalhos de assistência social, centros de recuperação de viciados e uma infindável malha de Obras, que traduzem de forma concreta e verdadeira a fé em Jesus Cristo.
Prosseguem as grandes cruzadas, as campanhas evangelísticas e os movimentos de fé. A cada semana novos templos são inaugurados em todo o Brasil. A cada mês milhares de novos membros são agregados à igreja. No dia 13 de abril de 2001, cerca de 15000 delegados de todo o país reuniram-se no grande Templo, em São Paulo, na sexta-feira da Paixão, para celebrar com o Pastor Lucena a Ceia do Senhor e os 45 anos da fundação Obra e renovar a aliança entre si pela unidade e pela evangelização do Brasil.
Todos querendo a mesma coisa. Todos querendo ganhar o Brasil Para Cristo!
Fonte: http://www.convencaosp.com.br/v3/home/historia-obpc.html
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